segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ODE PARA O NATAL



 
Um poema de amor ao ser que passa:
o céu é azul e as cascatas brancas
refletem-se em cristais.
Um poema de amor ao ser que abraça
um olhar profundo, tenso ou perdido
e discreto demais.

Um poema de amor a quem tem frio
e uma sede contida no vazio
e que não se desfaz.
(um poema de dor e calafrio
aos excessos dos seres diluídos
e temperamentais)

Um poema de amor desatinado
à pureza dos seres confundidos
que também são mortais.
Um poema de amor apaixonado
à grandeza imensa e absoluta
das coisas naturais.

Eulalia Fernandes (Natal de 2012)

3 comentários:

Carlos Alberto disse...

Ilumina nossa consciência. Você incluiu todos...

Celina disse...

Lindo querida. Especial.

Valéria Hinojosa disse...

Lindo, Lali! Uma mensagem vinda realmente da alma!