sábado, 29 de setembro de 2012

METÁFORAS (2)



                      
                                  Um ponto um nó um ponto um nó... macramê.
                                             Como será que se faz crochê?




sábado, 22 de setembro de 2012

DEU MESMO


Pois é. Deu mesmo.

Mas o que eu acho mais constrangedor, sendo parte da espécie humana é que o dedo sempre está apontado para o outro, para o sistema, para a política mundial, para a corrupção da patota disso, da patota daquilo, muito embora tudo isso seja uma evidência palpável, verdadeira e irrefutável, com a qual eu concordo.

E como concordo!!! Plenamente!!!

Enquanto concordo com isso tudo, no entanto, também não deixo de pensar: o que fazemos de nós mesmos(as) nessa muvuca toda? O que fazemos de nós, para podermos dizer qualquer coisa, antes de criticarmos o que nos entorna? Qual a contribuição que damos de e para nós mesmos? Como nos posicionamos, de verdade? Digo... no sentido de estarmos fazendo algo que valha a pena de fato para os propósitos de nossa verdadeira existência e para a existência do mundo?... É tão mais fácil olharmos para fora... até parece que somos perfeitos!... (?)

Não quero me referir apenas à existência social, ao bem estar no mundo, nos seus aspectos psico-socio-político-econômicos, embora ache tudo isso de suma (sumíssima!) importância.

Mas é que estou me referindo ao ser interior, ao “ser-alma”...

Olho para mim mesma  e... por estar me fazendo todas essas perguntas, e por me reconhecer como fazendo também parte daqueles(as) que apontam o dedo para fora (e como aponto!...) é que me vejo olhando para o quanto de  m... cada um de nós está fazendo e, ainda assim (ou será que por boicotar isso?) se sente no direito de questionar o “valer a pena” o mundo de hoje.

É fácil, por exemplo, criticar tanto sobre o mundo estar poluído. Mas passo a me perguntar, de verdade, quanto de lixo diário eu mesma faço e quanto desse lixo eu poderia evitar fazer. É isso mesmo... nas pequenas coisas!

É fácil dizer que o mundo está corrupto e desorganizado. E eu me pergunto quantos sinais de trânsito eu transgrido por dia. Às vezes, dezenas, na minha impaciência de atravessar a rua...

E é só para me referir a minhas pequenas coisas, pois o texto não está aqui para eu me fazer um “mea culpa”...

Não nos vemos como somos porque não carregamos espelhos. E acabamos por ver nossos defeitos espelhados nos defeitos do próximo... é tão mais fácil apontar o dedo para lá...

Só apontar o dedo é tão confortável... é tão acolhedor... é tão... hum... “boicotador”...

Bem... era para ser um conto... mas acabou sendo uma passada pelo meu espelho.

Sei que vou viver varrendo minha casa interior. Tem tanto lixo lá! Mas, de brinde, enquanto limpo o meu lixo, acho que fico mais tolerante com o lixo alheio ou, pelo menos, me incomodo menos com ele. E consigo viver melhor.

Pode parecer alienação, mas... se não posso dar conta do “sistema” e não tenho como efetivamente modificá-lo neste momento, uso as armas sociais que tenho, naquilo em que posso e como posso, enquanto busco, em mim mesma, as razões de minha existência.

Por enquanto, é o que dá para fazer.

Para mim, ajuda. E para você?


Obs.: Gravura retirada do Facebook, página “A Caverna do Sátiro”.

domingo, 16 de setembro de 2012

A PRINCESA


Outro dia, nas minhas deliciosas caminhadas, descobri o porquê de algo que me chamava atenção há muito tempo: as inúmeras bandeiras da Avenida Princesa Isabel.

Sempre que passava por ali, vendo tantas bandeiras, ficava imaginando o que representavam. Não conseguia reconhecer nenhuma delas como bandeiras de outros países. Pertenceriam aos hotéis? São muitos por ali, mas estariam espalhadas pela avenida e não nas portas dos mesmos?



Naquele dia, o sol estava belíssimo e fui atraída pela imagem da Princesa com a bandeira nacional tremulando como pano de fundo. Meu gosto pela fotografia e, por que não dizer, meu senso patriótico emocionado captou o momento. E... já que estava ali, pela primeira vez, em anos, resolvi ler as placas que cercam a imagem. O que será que escreveram para essa personagem tão interessante em nossa história?

Não havia nada nas placas, além do que nosso senso escolar já conhece, mas, por trás dela, deparei-me com a magnífica resposta a minhas antigas questões: uma placa explicativa das bandeiras! Imagine!

Mistério desvendado: as inúmeras bandeiras da Avenida Princesa Isabel representam todas as bandeiras que nosso país teve, desde o tempo do Império até a nossa bandeira atual!


Iluminadas e norteadas pela Princesa Isabel cuja estátua encabeça a avenida, nada mais apropriado: uma avenida que comemora duas independências: a nossa e a dos escravos.

Saí dali pensando em ambos os percursos. Uma canetada da Princesa, no momento em que a escravidão era muito mais do que uma vergonha social e se delineava como um ato político premente e pontual. Não que se tivesse transformado em mágico momento, pois o ato, em si, apenas permitiu que se começasse a tirar os grilhões de nossos irmãos brasileiros escravizados. Mas era uma constatação de direito e de fato. Embora tenha-se passado mais de uma centena de anos, ainda enfrentamos as consequências do período de escravidão. Mas é óbvio que a canetada deu o aval necessário para que tudo começasse a acontecer.

As eleições se aproximam. Que tenhamos nós, também, uma bela canetada, neste momento tão importante de cidadania! 

As mudanças recorrentes de uma boa canetada podem levar anos, mas acabam se realizando. A pena de ouro da Princesa está em nossas mãos, neste momento.

Não continuemos escravos alimentados pela nossa indiferença.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PAI NOSSO



que estais nos céus



 santificado seja o Vosso Nome



venha a nós o Vosso Reino



 seja feita a Vossa Vontade



 assim na Terra



 como no Céu


 O pão nosso



de cada dia



nos dai hoje


perdoai as nossas ofensas



assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido



e não nos deixeis cair em tentação



mas livrai-nos do mal



amém


sábado, 1 de setembro de 2012

QUAL A DIFERENÇA?


O céu é o mesmo;
O sol, resplandecente;
A quantidade de pessoas é a mesma;
de turistas, idem;
A temperatura é quase igual...

Afinal... qual a diferença entre o verão e o inverno na orla carioca?


"Só um ventinho chato"...