sábado, 22 de dezembro de 2012

A EMPADA




Ontem, passando pela rua, a caminho de casa, havia uma moça vendendo empadas na esquina.

Com esse calor... hum... passei direto.

Mas a imagem fez-me lembrar de algo muito engraçado que me aconteceu quando eu tinha dezesseis anos.

Um casal que gostava de mim como filha me levou e ao meu namorado para passar uns dias em sua casa em Guarapari. Fomos de ônibus, então, os cinco: o casal, eu, meu namorado e a empregada deles.

Pode imaginar como eram as paradas dos ônibus naquela época. Não havia os restaurantes e toda a infraestrutura que há hoje. Pois bem, numa dessas paradas de uma viagem de dez horas, o que havia à disposição era um bar metido a restaurante bem comportado. Pedimos sanduiches, igualmente comportados e um refrigerante, mas a empregada pediu uma empada “daquelas” e uma coca-cola.

Nada contra o refrigerante, mas aquela empada... comentei com meu namorado:

- Isso não vai dar certo...

Mas, como eu não tinha nada a ver com o estômago da tal senhora, fiquei na minha. Não deu outra. Meia hora depois, em plena estrada, a senhora começou a passar mal.

Caí na besteira de comentar:

- Foi a empada.

A senhora retrucou imediatamente:

- Não! Foi a coca-cola...

Hoje, repensando o assunto, vejo quantas pessoas fazem com seus problemas exatamente a mesma coisa...


(Obs.: foto de clickgratis.com.br )

3 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, minha cara Eulalia,
exatamente como o teu cliente do último conto, que dizia estar mal em função dos florais que vc havia receitado. Logo ele, que havia engolido tanta empada ao longo de toda aquela semana!!!
bjs, décio

Eulalia disse...

Muito boa essa, querido!!! Sim...

claudioch disse...

Olá, Eulália. Parabéns pelo blogue, pelos textos e pelas fotos. Muito bom poder revê-la e relê-la. Gostei dessa empada. Com o tempinho frio dos últimos dias, acho que vou encarar umazinha. Beijocas saudosas! Nosso ILE sente sua falta.