Outro dia me
lembrei de quanto um bom GPS é importante... se você leu o conto “Serial Killer”,
sabe de minhas desastrosas experiências com esse bichinho maluco. Mas, na
verdade, dou a mão à palmatória...
Estava em São
Paulo, no carro da Cris, sobre quem também já escrevi um conto. No banco de
trás, vinha sua filha mais velha, na época, com uns dezoitos anos, se não me
engano.
O problema é
que Cris estava enrolada para chegar a um determinado lugar. Em São Paulo, de
carro, isso é coisa séria... e... complicada.
H... (a filha),
no entanto, não se apertou:
- Peraí, vou consultar o GPS. Pegou o
celular e ligou para casa.
- Pai, estamos em (...) e queremos
chegar em (...), mamãe, não sabe... como fazemos?
Do outro lado
da linha, as instruções.
Fiquei
imaginando o pai, consultando o GPS em casa e dando instruções através da
filha. Achei impressionante a força da tecnologia: um celular que acessa o pai,
que acessa o computador, que acessa o GPS e... nos coloca exatamente onde
queremos. Mesmo assim, achei estranho a filha não acessar o GPS direto de seu
celular... mas apenas comentei com a Cris:
- Que sorte ele estar em casa!...
Quem conhece a
Cris, sabe do timbre e jeito de sua gargalhada. E foi o que ouvi, em alto,
gostoso e bom som. Depois me explicou:
- É que temos um GPS especial, que podemos
acessar onde quer que ele esteja!
- Como assim?
Cris se vira
para a filha e diz:
- Filha, traduz para Lali o que significa
nosso GPS.
E a filha
despretensiosa (escondendo seu orgulho filial):
- Ora... Garanto que Papai Sabe.
Com uma
família dessas, é claro que ainda é possível acreditar em filhos que tenham
seus pais como referência...
Muitas coisas,
nesse mundo, ainda fazem toda diferença...
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