sexta-feira, 1 de agosto de 2014

DÁ PRÁ BENZÊ?


No início, foi só coincidência. Mas por um bom período, começaram a ocorrer coincidências demais...

Até "zica" tem limite para acontecer...

No começo foi o aquecedor que pifou. Até aí, tudo bem, pois estava bem velhinho e precisava trocar.  Só que no mercado não tem mais desses que são ideais para prédios antigos.

Fui à internet e comprei um novo. Veio errado. Até aí, tudo bem, consegui solicitar devolução. Mas... é claro, deu aquele trabalhinho extra, como tudo que você quer devolver nesse país. Isso foi em maio e só agora meu cartão de crédito acusou estorno.

Enquanto isso, engolindo o  prejuízo e o tempo gasto, resolvi comprar direto na loja, com meu anjo da guarda, o Gildo, que faz tudo aqui em casa. Ele disse que poderia haver alguma incompatibilidade com as instalações antigas, mas... só testando.  Não deu certo. Até aí, tudo bem, pois o prédio é antigo. Tentei outras soluções. Nenhuma resolveu até que tive a ideia extrema: vou comprar um boiler.

Comprei o boiler. Não dei sorte com a empresa. Primeiro, entregaram um boiler errado: pedi vertical e veio horizontal. Mais uma semana de espera. Essas coisas acontecem...

Se fosse só isso, tava bom. O boiler certo veio e foi instalado, só que veio cheio de problemas. Se não fosse o Gildo, eu teria enlouquecido. Resolvi que ele mesmo iria se entender com o técnico da firma que, para ser educada nos termos, é um perfeito ignorante. Para você ter uma ideia, quando perguntei até que temperatura o boiler chegava ele me respondeu:

- Ele aquece de 28 a 35 graus, mais do que isso faz mal à saúde. 

Respondi estupefata:

- Você trabalha na firma há quanto tempo? 

- Muitos anos. 

- E nunca lhe passou pela cabeça saber a temperatura máxima de um boiler? O corpo humano tem a temperatura de 36 a 37 graus! Como é que você me diz que o boiler esquenta no máximo até 35? 

O pior é que ele é que é responsável pelo atendimento da zona sul, com mil cursos de instalação, etc. Tenho de engolir esse doido ou brigar na justiça para devolver o boiler. E começar tudo de novo com outro boiler... durma-se com um barulho desses.

Foi a partir daí que entreguei o caso ao Gildo, pois a novela do boiler já se estendia desde maio e estamos em julho. E como só agora pude contratar o Gildo, que estava em outra obra, até então eu é que me entendia (ou, melhor, me desentendia) com esse... digamos... como direi sem deixar saírem palavras inadequadas a respeito do tal sujeito? Deixa prá lá, você entendeu direitinho o que penso a respeito desse cavalheiro...

E eu sem água quente, ou melhor, com aquela água de chuveiro elétrico que esquenta só pela metade. Para quem toma banho a vapor, como eu, pouco adianta.

Atualmente, o boiler está funcionando... mas vaza. De qualquer forma, entreguei o caso ao meu amigo - Gildo -  e ele é que está se entendendo lá com o tal "especialista" da firma.

- Deixa comigo, D. Eulalia, estou acostumado a trabalhar com peão... a senhora já se estressou demais. 

Santo Gildo, santo anjo da guarda que eu tenho e que me aparece nas horas certas.

Continuo com o problema do boiler, mas já sei que, um dia, acerta. E tenho água quente, mesmo com ele vazando. Se não conseguir consertar, como está na garantia, o máximo que pode acontecer é eu colocar minha advogada na história e eles trocam o boiler. Deixa andar. Essas coisas acontecem.

Se fosse só isso, no entanto, eu diria que são agruras da vida. A gente encara e vai em frente...

Paralelamente, no entanto, foram acontecendo outras coisas: meu apto de Teresópolis apresentou um vazamento no apto de baixo. Outra zica, pois minha inquilina é osso duro de roer. Há quatro meses tento fazer com que abra a porta para o conserto, sem sucesso. Ela simplesmente não permite. Tive de colocar a minha advogada na questão e abrir um processo para forçá-la a permitir o conserto.  É. Vamos ver se agora desenrola.

Até aí, tudo bem, são coisas da vida...

Se fosse só isso, tava bom, mas, paralelamente, a porta da garagem resolveu despencar no teto do meu carro. Eu estou bem, não se preocupem. Só o carro sofreu alguns danos. O condomínio paga, está tudo certo. São coisas da vida. Acontecem...

Independente do conserto, levei o carro para a revisão. Voltou com o ar condicionado pifado. Está na garantia, mas fiquei sem carro mais uma semana.

São coisas da vida... acontecem...

Se fosse só isso, tudo bem, mas o computador pifou. Felizmente, João, meu querido e insubstituível "melhor irmão do coração do mundo"  veio e consertou rapidinho. Era uma besteira. A gente tem uns amigos que valem mil famílias juntas. João é um desses. Podia ser uma besteira, mas o treco não funcionava de jeito nenhum. Ele me salvou e fomos jantar fora para comemorar. Noite inesquecível. Aliás como todas, pois sempre nos divertimos muito juntos. Tiramos o melhor do infortúnio!...

Até aí tudo bem... afinal, a vida apronta uma ou outra, de vez em quando...

Se fosse só isso, tava bom, mas, paralelamente, fiz uma reforma no hall de entrada do meu apto. Diga-se, de passagem, que ficou uma gracinha, obra inigualável do Gildo. Só que terminada a obra, ocorreu o improvável: a soleira da porta, novinha em folha, rachou. Vou ter de trocar.

Até aí... bem... já está demais, não está não?

São coisas da vida... mas... peraí... dá prá benzê?

E é justamente o que vou fazer. Juro de pés juntos que "não creio nas bruxas... mas todos sabemos que elas existem"... entonces... vou benzer e é prá já!

Depois conto se funcionou.


3 comentários:

Celina disse...

Adorei o banho a vapor! Querida, nessas horas vale tudo! benzer a casa, defumador, óleo ou água benta, cristais e até dar uma olhada para ver se não tem nenhuma regra do feng shui sendo desrespeitada. Ah! Depois conta, tá?

Eulalia disse...

Sim, querida, vale tudo!!!
Estou no check list, incluindo suas dicas! :)

E... sim... conto depois!

pblower disse...

Já tá abençoado... Um viva especial às fadas