Quanto riso... oh!...
quanta alegria,
Mais de mil palhaços
no salão...
(Máscara Negra)
Palhaços...
Antigamente, os palhaços apareciam às multidões, nos
carnavais e nos circos.
Nos carnavais e nos circos. Apenas.
Agora, quando compramos um nariz de palhaço, é para
participarmos de passeatas contra a corrupção, contra os desvarios políticos,
contra as injustiças sociais, para lembrarmos que estamos ali de palhaços,
embora não queiramos sê-lo...
Os palhaços vão deixando de simbolizar a alegria das
multidões para se transformarem em nós mesmos, o sustento e a alegria da
nobreza política e corrupta de nosso país... “mais de mil palhaços”... milhões...
Não há mais circos... não como os de antigamente, quando nos
esbaldávamos de rir do Arrelia e do Carequinha...
- Vocês querem goiabada?
- Não! Não, senhor...
- Vocês querem marmelada?
- Queremos sim, senhor...
Não há mais desses circos... “nós” somos os palhaços do circo!...
E não há mais daqueles palhaços dos carnavais, que brincavam
pelas ruas com a criançada, empenhados em fazerem sorrir rostos ingênuos e felizes...
Cara de palhaço, pinta
de palhaço, roupa de palhaço...
Foi esse o meu amargo
fim...
(Palhaçada)
É o “nosso amargo agora”...
só espero que não seja o “nosso amargo fim”!...
Referências das músicas:
Máscara Negra – Zé Queti
Refrão popular de palhaços de circo
Palhaçada – Haroldo Barbosa/ Luiz Reis
Foto: Quadro - Palhaços, de Jennifer, 1975 (Brasil)
Um comentário:
Saudades do humor inocente...
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