Obras
em casa. Nem é preciso dizer o que isso significa.
Por
mais que alguém seja organizado - e sou muito organizada -, encontrar-se no
meio disso tudo é quase impossível. O paradigma de uma organização no caos muda
diariamente. E, muitas vezes, você nem está ali para coordenar. O novo
paradigma é a falta de paradigma.
Não posso imaginar por
onde anda meu caderno de endereços. E nem quero pensar em que mais dou falta.
Minha alma, penada, se escondeu
não sei onde. O corpo, então cego por sua ausência, tropeça pelos cantos, como
Édipo, em busca de seu bastão. Um dia, quem sabe, se encontrem novamente,
talvez nos escombros entre a sala e o corredor.
(Até
seria mais simples, se tudo isso não passasse apenas de uma metáfora...)
Quem sabe, um dia,
a alma, de algum modo meio acalentada, consiga voltar a escrever um conto outra
vez.
Um comentário:
Querida, nem sei o que dizer! Tenho pavor de obra, a gente sabe como começa , mas como e quando acaba, é pura ansiedade! Força !
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