sábado, 27 de setembro de 2014

OBRAS E METÁFORAS



Obras em casa. Nem é preciso dizer o que isso significa. 

Por mais que alguém seja organizado - e sou muito organizada -, encontrar-se no meio disso tudo é quase impossível. O paradigma de uma organização no caos muda diariamente. E, muitas vezes, você nem está ali para coordenar. O novo paradigma é a falta de paradigma.






Já perdi meu celular três vezes. Claro: "no modo silencioso".

Não posso imaginar por onde anda meu caderno de endereços. E nem quero pensar em que mais dou falta.

Minha alma, penada, se escondeu não sei onde. O corpo, então cego por sua ausência, tropeça pelos cantos, como Édipo, em busca de seu bastão. Um dia, quem sabe, se encontrem novamente, talvez nos escombros entre a sala e o corredor.


(Até seria mais simples, se tudo isso não passasse apenas de uma metáfora...)

Quem sabe, um dia, a alma, de algum modo meio acalentada, consiga voltar a escrever um conto outra vez.


Um comentário:

Celina disse...

Querida, nem sei o que dizer! Tenho pavor de obra, a gente sabe como começa , mas como e quando acaba, é pura ansiedade! Força !